A linhagem dos Lupi tem antigas origens históricas, descendendo de Alberto, 1º Marquês da Ligúria Oriental em 950 (a Ligúria tinha Génova como capital).
Os Lupi dominaram o castelo de Colle Muccioli, e já anteriormente a 1276 eram referidos entre as 28 famílias mais antigas de San Gimignano, em cuja cidade ainda se pode admirar a poderosa torre (construída na “Piaza della Cisterna”)[6] que lhes pertenceu até ao século XIV. Durante vários séculos tiveram em armamento uma galera no porto de Pisa, e desde 1200, aproximadamente, foram senhores do território de Montione (Todi), cujo castelo ficou destruído em 1306, durante a guerra contra a cidade vizinha de Perugia.
Em 1382 já os Lupi estavam incluídos no “Catálogo da Nobreza de Roma”, mandado elaborar pelo Papa Urbano V, e em 1621 foram admitidos “de jure” no patriciado romano.
Na tradição secular desta família evidencia-se o facto de ter doado a S. Francisco de Assis uma fracção de terra, incluída no seu domínio de Montione, na qual foi erigido um dos treze oratórios fundados pessoalmente pelo santo. No lugar do oratório foi mais tarde construído o “Convento de Santa Maria della Spineta” (um dos mais famosos, antigos e típicos mosteiros franciscanos da Umbria), em cuja igreja tiveram os Lupi de Montione a sua capela e os seus túmulos até ao ano de 1737[7].
[6] Arquivos particulares de Frederico Pinto Basto Lupi. Ver Documento anexo 1 – “Image 1 e 2”.
[7] Este texto encontra-se nos arquivos de Frederico Lupi. Nele se referem como fontes: “Real oficina de actos privados”, Roma, Vol. X, 30/4/1819; “Secreto Vaticano”, secretaria estado, interior, ano de 1806; e os “Históricos Comunnales” das diversas cidades mencionadas. Também a informação sobre os Lupi contida na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira assenta fundamentalmente neste texto.
